Salve este passo a passo com dicas úteis!

Infelizmente, o roubo de celulares tem se tornado cada vez mais comum. Afinal, há quem diga que “tem a vida dentro do celular”. São senhas, informações, possibilidade de transações financeiras e acesso a dados sigilosos que fazem com que a ferramenta valha não só pelo preço do gadget, mas também pelo que armazena. Para se ter uma ideia, um levantamento feito pela FGV apontou que só no Brasil circulam cerca de 242 milhões de smartphones com múltiplas praticidades e ferramentas tecnológicas, o que incita ainda mais as atividades de furtos e roubos. Criminosos passaram a enxergar os aparelhos móveis como uma oportunidade valiosa para conseguir dinheiro de maneira fácil e ilegal.

Essa modalidade de crime se tornou uma das mais comuns aqui no país. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, só no ano passado foram registrados 850 mil furtos e roubos – equivalente a um celular por minuto. Fato é que os ladrões visam adquirir os smartphones tanto para vender no mercado paralelo quanto para fazer uso dos aplicativos de Internet Banking para ter acesso às contas bancárias e cartões virtuais das respectivas vítimas. Os criminosos ainda aplicam golpes de estelionato usando o nome do dono do celular e com acesso aos seus dados, deixando prejuízos enormes para a pessoa.

Por esses e outros motivos, vale a pena estar a par das principais medidas a serem tomadas caso tenha o celular roubado. Confira o que separamos.

Primeira providência: B.O.

A primeira providência a ser tomada em caso de furtos ou roubos é fazer o boletim de ocorrência, que pode ser on-line. O B.O. não garante a recuperação do bem perdido, mas proporciona segurança à vítima com relação aos seus dados pessoais e contas bancárias. Com esse documento em mãos, você tem como provar que possíveis estelionatos em seu nome foram feitos por terceiros, por exemplo, sem correr o risco de ser incriminado injustamente. É possível também se preservar com relação a bancos, caso os bandidos façam alguma transação, como empréstimos.  

Urgente: bloqueio da linha

Ao ter o celular roubado (ou furtado), uma atitude emergencial que deve ser tomada é o bloqueio da linha (chip) e do sistema. É possível fazer isso pelo operacional do smartphone, por meio de um navegador de Internet. Assim que o bloqueio é feito junto à operadora do celular, o acesso remoto aos dados é perdido. Portanto, é importante realizar este passo o mais rapidamente possível. Você pode também rastrear e apagar de forma remota os dados disponibilizados no aparelho. A operação é simples. Só em 2022, quase 3 mil celulares foram bloqueados por dia no Brasil.

Caso o seu celular opere pelo sistema Android, é possível realizar a operação por meio do programa “Encontre meu Dispositivo” do Google. Já no caso dos dispositivos com iOS, o processo é feito pelo iCloud, porém é necessário ativar previamente a busca por localização do dispositivo para ativar remotamente o bloqueio do celular.

Anote: IMEI

É possível também bloquear o celular por meio do IMEI – número de identificação do aparelho junto à respectiva operadora. O número pode ser encontrado na caixa do aparelho, em uma etiqueta colada na bateria ou bandeja do cartão SIM, no site do sistema operacional ou pela chamada *#60# (o número aparecerá na tela). É imprescindível deixar o IMEI anotado em algum lugar para possíveis emergências. Para o bloqueio, é preciso ligar de um outro aparelho e seguir as instruções pedidas.

Contate: bancos

Tão importante quanto o B.O. e o bloqueio do celular, o contato com o banco e/ou outras instituições financeiras de aplicativos instalados no celular “perdido” é imprescindível. Ligue para a empresa e comunique o ocorrido para a solicitação imediata do bloqueio dos cartões, das contas, aplicações e demais operações. Guarde o protocolo de atendimento, pois poderá ser necessário futuramente.

Existe uma ferramenta no Banco Central chamada Registrato Bacen, por meio da qual é possível verificar se há algum empréstimo desconhecido feito de maneira ilícita em seu nome.

Dica extra

Vale a pena colocar um limite para as transações de PIX, de modo a restringir a ação dos criminosos. Outra dica é desativar pagamentos por aproximação via celular – caso não utilize com frequência – para evitar dores de cabeça.

Alteração de senhas

Por último, mas não menos importante, é essencial alterar todas as senhas assim que perceber que o celular foi furtado ou logo que for roubado. Isso vale para os e-mails, Apps, redes sociais etc. É ideal também encerrar todas as contas instaladas no aparelho e isso pode ser feito pelo computador.

Como prevenção, a propósito, nunca se deve anotar senhas em blocos de notas ou agendas virtuais desprotegidas. Opte por utilizar meios mais seguros e/ou que ativem a verificação em duas etapas como acontece com o WhatsApp, Instagram e Facebook, por exemplo.

Para evitar todos os transtornos, vale ter sempre muita cautela ao manusear o celular em locais públicos. Mas, se mesmo com precaução algo acontecer, com você ou algum familiar, amigo ou conhecido, recorra a este post para ter mais certeza de tudo o que deve ser feito diante dessa situação. 

 E, caso tenha sido invadido suas contas bancárias e tenha sido feito empréstimos por meio do seu APP, procure um advogado.

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